quinta-feira, 28 de abril de 2011

Panfletagem e Reunião Marcha da Maconha Natal RN

As panfletagens da Marcha da Maconha irão começar e o fim de semana está programado para os seguintes lugares:

30.04 (sábado) - Show do Mundo Livre S/A - Rua Chile-Ribeira, às 21h 
01.05 (domingo) - Circuito Cultural Ribeira (Rua Chile - Nalva Melo - Buraco da Catita), às 18h

E no dia 02.05 (segunda-feira), às 14h, reunião da marcha da maconha na pracinha do CCHLA/UFRN e, em caso de chuva, a reunião será no bloco i, no setor 2/UFRN. 

domingo, 24 de abril de 2011

Reflexão da América Livre de Drogas, por William S. Burroughs

William S. Burroughs fora um escritor, pintor, e crítico nascido nos Estados Unidos, faleceu em 1997. Muitos devem tê-lo visto na capa do cd dos Beatles "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band", próxima a Marilyn Monroe. Deixou reflexões angustiantes sobre a estupidez da idéia de uma américa limpa, sem drogas:

"Aqueles répteis asquerosos, dedos-duros do congresso, andam falando imbecilidades sobre uma américa livre de drogas até o ano 2001. Perspectiva deprimente!
É claro que não estão incluídos álcool e cigarros, cujo consumo vai aumentar vertiginosamente. Como se pode ter um estado livre de drogas? Simples. Uma operação pode remover os receptores de drogas do cérebro.
Quem se recusar a fazer a cirurgia será privado de todos os seus direitos. Eles não vão poder alugar casa, os restaurantes e bares vão se negar a atendê-los. Não terão passaporte, nem benefícios sociais, nem cobertura médica, nem direito de comprar armas de fogo.
Como odeio os que se dedicam a gerar conformismo. Com que objetivo? Imagine a banalidade estéril de uma américa livre de drogas.
Nada de drogados, apenas bons e decentes americanos de vida limpa, de uma costa brilhante à outra. Toda a área da dissensão extirpada, como um furúnculo.
Nada de favelas. Nada de regiões de operações clandestinas vagas. Nada de nada. Ali fora, nas ruas impiedosas do meio-dia. Nada de cartas.
Até que ponto será bom ter conformismo total? Que lugar vai sobrar para a singularidade? E a personalidade? E você e eu?" ( William S. Burroughs)
 
 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entrevista com Elisaldo Carlini e Luciana Boiteux sobre o oxi



No quadro "Assunto em Debate", na Globo Newex, foram entrevistados a Luciana Boiteux, da UFRJ, e Elisaldo Carlini, diretor do centro brasileiro de informação sobre drogas,falando da questão de como a política de drogas no Brasil vêm se efetivando, principalmente como tem reagido frente ao surgimento de novas drogas e de derivados das já existentes como o oxi. Para assistir, só clicar no link abaixo:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Segundo Maierovitch, deputado terá de enfrentar a ira conservadora

O deputado Paulo Teixeira, líder petista na Câmara federal, em seminário sobre o uso medicinal da erva canábica (Cannabis Medicinal), defendeu a regulamentação da nossa legislação sobre drogas  a fim de disciplinar, dentre outras providências, o emprego da maconha e  a da constituição de cooperativas de plantio e fornecimento a interessados.

Como se sabe, a erva canábica possui propriedades que, no mundo civilizado, são largamente empregadas nos tratamentos de doenças. O uso médico-terapêutico da maconha difundiu-se pelo planeta e revistas científicas publicam experiências animadoras com relação ao emprego. Sobre o uso em rituais fúnebres, no século V a C, o grande historiador Heródoto escreveu a respeito: “abrandava a dor da alma”.

Nos EUA, por exemplo, vários estados-federados permitem o uso médico-terapêutico. E a “guerra proibicionista” do então presidente George W. Bush (bateu na porta da Suprema Corte para cassar as leis estaduais ) foi interrompida por Barack Obama. Cooperativas de médicos, nos EUA, importam regulamente a erva para uso medicinal. Na Holanda, em cada residência, podem ser cultivados, em vaso, até 5 pés de maconha para uso terapêutico. No Canadá, o próprio estado planta e fornece mediante apresentação de receita médica.

A manifestação de Paulo Teixeira, que há mais de quinze anos estuda o fenômeno das drogas proibidas e posiciona-se pela liberação da maconha inclusive para uso lúdico-recrativo, gerou manchete de primeira página no jornal Folha de São Paulo. A manifestação de Paulo Teixeira é pertinente e chega em bom momento.

Com efeito. A manifestação de Paulo Teixeira chega no momento em que a revista Child’s Nervous System, na edição do final do mês de fevereiro deste ano de 2011, publica trabalho de médicos canadenses sobre um tumor raro que se desenvolve em crianças, de modo a ocupar espaços no cérebro e a destruir tecidos vivos.
Para tais casos, a cirurgia era o único caminho seguido. A partir das pesquisas desenvolvidas pelos supracitados médicos canadenses, notou-se regressão tumural com emprego da cannabis: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21336992

Muitas são as experiências positivas, que, neste espaço Sem Fronteiras de Terra Magazine, já foram tratadas. Por exemplo, a referência à revista científica Molecular Câncer.

Segundo levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid referentes a câncer em mulheres, os tumores de mama representam 30% dos diagnósticos.

O grande problema, segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, é que em um terço dos tumores de mama estão presentes os chamados receptores ErB2. Vale dizer: tumores dos mais agressivos e, com relação à portadora, a causar poucas chances de sobrevivência. Em especial, quando encontradas células pouco diferenciadas, extremamente invasivas e em condições de se multiplicarem abundantemente.

A resposta aos tratamentos convencionais é insuficiente, sempre segundo os pesquisadores.
O emprego de anticorpos monoclonais contra os ErB2, última novidade no tratamento, não alcançou resultado positivo em 75% das pacientes. E em 15% das que conseguiram resposta ao tratamento houve desenvolvimento de metástases.

Diante desse quadro, os cientistas da Universidade Complutense de Madrid foram à luta, em busca de uma nova forma para tratamento contra os ErB2. Partiram de um dado conhecido: os canabinóides, presentes na erva canábica conhecida popularmente por maconha (marijuana), produzirem efeito antitumoral, conforme experiência in vitro .

Em animais teve início um experimento a base do THC (tetra-hidro-canabinol). Tudo com o emprego de um derivado capaz de agir nos receptores celulares para os canabinóides chamados CB2, que não geram efeito psicoativo. Os canabinóides empregados inibiram a proliferação das células tumorais e impediram o aumento dos vasos sanguíneos que irrigam o tumor.

Os pesquisadores lograram demonstrar que os canabinóides agem, também, na gênese dos tumores. Para eles, o sistema endocannabinóide contribui para manter o equilíbrio interno?. A conclusão que apresentam é a seguinte: ?Os resultados constatados fornecem uma evidência pré-clínica a indicar, fortemente, o emprego de terapias à base de canabinóides e isto para o tratamento do tumor mamário ErB2-positivo.

–2. PANO RÁPIDO. Como já escrevi tempos atrás, muitos são os opositores ao emprego médico-terapêutico da maconha. Parecem viver no começo da Idade Média, período de muitos medos. Aliás, medos causados pela ignorância.
– Walter Fanganiello Maierovitch—
Aviso aos patrulheiros de plantão: não sou petista. Não nutro respeito e nem admiração por nenhum dos partidos políticos brasileiros. Ligo-me às idéias e não a pessoas ou partidos.

5 mil já assinaram petição pela legalização da cannabis

Mais de cinco mil pessoas já assinaram uma petição a apresentar ao próximo Parlamento para legalização do consumo de cannabis e seus derivados, disse hoje fonte do movimento Marcha Global da Marijuana (MGM). 

A recolha de assinaturas, que decorre desde Maio de 2010 e que deveria fechar na sexta-feira, vai agora prolongar-se "sensivelmente" até ao Outono, tendo em conta a demissão do Governo e consequente dissolução do Parlamento, disse Carla Fernandes, do movimento promotor da iniciativa. O movimento MGM tem expressão em pelo menos 200 cidades mundiais, incluindo Lisboa e Porto, onde realiza todos os anos (primeiro sábado de Maio) marchas contra a proibição do cânhamo/cannabis. Os autores do texto da petição ironizam que a medida até contribuiria "para acabar com o défice", uma vez que preconizam que a cannabis vendida legalmente seja taxada com um imposto similar ao do tabaco.

Essa receita fiscal, sugerem, poderia ser usada, por exemplo, em "políticas de prevenção do consumo de drogas duras, recuperação de toxicodependentes ou campanhas de informação". A legalização permitiria, por outro lado, cessar os lucros do tráfico, refere o texto da petição. O documento assinala que "o proibicionismo é tão ineficaz quanto pernicioso", já que em qualquer país onde a cannabis seja proibida "continua a ser possível adquiri-la sem dificuldades" e as redes de narcotráfico "enriquecem com a proibição", reinvestindo os lucros em "atividades criminosas".

Ainda segundo o texto da petição, a proibição deixa o consumidor "exposto a riscos e outros tipos de drogas" e as substâncias comercializadas ilegalmente na rua "são frequentemente adulteradas, sendo um risco para a saúde pública". Ao comentar esta iniciativa, em Dezembro de 2010, o presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT). João Goulão, rejeitou a legalização da cannabis, dizendo ser "adequado" o quadro legal atual, que descriminaliza o consumo de todo o tipo de drogas, penalizando-o apenas em sede contraordenacional. Os promotores contrapõem que um estudo realizado em Portugal por um polaco concluiu que "existe uma grande discrepância entre o que é dito em papel e o que existe na rua".

FONTE: DN Portugal

Médicos defendem maconha terapêutica

O lançamento mundial de um medicamento produzido à base de maconha pela farmacêutica britânica GW Pharma, e que será comercializado na América do Norte e na Europa pelo laboratório Novartis, reacendeu as discussões entre os especialistas brasileiros sobre o uso medicinal da droga no País. Por aqui, o princípio ativo do remédio (Sativex), usado para aliviar a dor de pacientes com esclerose múltipla, não é permitido.  

O Brasil é signatário de tratados diversos que consideram a substância ilícita, o que dificulta inclusive o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre as propriedades terapêuticas da planta e suas reações no cérebro.  Pesquisadores ouvidos pelo JT comparam a importância do estudo da cannabis sativa (nome científico da maconha) com a relevância do ópio para o desenvolvimento da morfina – medicamento essencial para o tratamento da dor aguda. E reforçam o argumento de que a possibilidade de uso medicinal não é sinônimo de liberação ou legalização da droga.  

"O medicamento tem estudo clínico, existem proporções corretas das substâncias usadas, imprescindíveis ao seu funcionamento", defende Hercílio Pereira de Oliveira Júnior, médico psiquiatra do Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) da Universidade de São Paulo (USP).  De acordo com Oliveira Júnior, ao contrário do remédio, a droga ilícita não tem padrões de equilíbrio entre os substratos terapêuticos e pode causar danos à saúde de quem a consome. 

"Pode ampliar a ansiedade, causar um estado depressivo e psicótico, com alucinações, e problemas pulmonares provocados pelo ato de fumar."  Perspectivas  Estudos comprovam que a cannabis reduz os efeitos colaterais da quimioterapia, como náusea e vômito, estimula o apetite em pacientes com aids, pode ser usada para tratar o glaucoma e aliviar a dor crônica. "As perspectivas científicas mostram que vale a pena aprofundar os estudos sobre a planta", avalia Oliveira Júnior.  

O Sativex, por exemplo, não é vendido como cigarro – e sim na forma de um spray. Sua composição reúne apenas dois substratos da maconha: o delta9-tetraidrocanabinol e o canabidiol.  "Não causa mais ou menos dependência do que calmantes e antidepressivos. A dependência não é argumento considerável para proibir até mesmo a pesquisa", diz Dartiu Xavier da Silveira, professor livre-docente em Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo.  

Defensor da criação de uma agência reguladora para o setor, Oliveira critica a legislação restritiva brasileira e afirma que o preconceito trava a pesquisa de medicamentos que poderiam ser desenvolvidos até para tratar a dependência química.  "A questão não é proibir, mas controlar. Não se proíbe a morfina porque algumas pessoas fazem mau uso", avalia. O psiquiatra lembra que não é necessário o plantio em terras brasileiras da maconha para os estudos. "Para pesquisa, podemos importar."  

Diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Unifesp, o psicofarmacologista Elisaldo Carlini também acredita que o Brasil está atrasado em relação às pesquisas sobre o potencial terapêutico da maconha por puro preconceito.  "No século passado, foi considerada droga diabólica e só nos últimos 30 anos é que se retomaram os estudos terapêuticos", conta Carlini. De acordo com ele, pesquisas mostraram que o cérebro humano possui ramais de neurotransmissores e receptores sensíveis ao estímulo da cannabis. 

O sistema foi chamado de endocanabinoide, que, se cientificamente estudado e estimulado, pode levar ao alívio ou à cura de várias doenças.  Legislação  Até o momento, a legislação brasileira proíbe o consumo de qualquer medicamento à base de maconha. Mas uma decisão judicial pode autorizar seu uso em casos específicos.  A comercialização do Sativex ainda não foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Procurada pelo Jornal da Tarde, a agência não se manifestou sobre o assunto.

FONTE: Estadão

Paulo Teixeira rebate reportagem da Folha

Entrevista concedida ao jornalista e blogueiro Renato Rovai:

Entrevistei o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) na tarde de hoje por conta de uma matéria na Folha de S. Paulo onde uma fala dele num debate era tratada de forma um tanto sensacionalista. De qualquer forma, como este blogue defende a descriminalização da maconha e por conta disso até já concordou com Fernando Henrique em alguma coisa , decidi ligar para Paulo Teixeira e ouvir da boca dele o que pensava.
Claro que a fala dele estava esteriotipada no jornal, mas isso não é exatamente algo que surpreenda.
Segue a entrevista do líder do PT, sem edição.

Rovai: A Folha de hoje dá destaque de capa para uma participação sua num debate em que você defendeu a descriminalização da maconha. Primeiro queria te dizer que concordo com a sua opinião e acho ótimo este tema ser debatido, mas ao mesmo tempo queria saber o contexto da declaração?
Primeiro é bom registrar que a Folha de S. Paulo pegou uma palestra minha num contexto de um debate sobre a política de drogas e editou este debate, escolhendo os trechos que lhe interessavam. Segundo, a Folha não falou comigo.

Ela alega que o senhor foi procurado e não respondeu a ligação?
Quando a Folha quer falar comigo, ela me acha. Falo com cinco ou seis jornalistas da Folha toda semana. Bom, mas a matéria está aí e quais são as minhas preocupações. Faz 30 anos que eu trabalho este tema e há 15 discuto isso no parlamento. Sou autor de uma lei no Estado de São Paulo de Redução de Danos e participo da Comissão Brasileira de Drogas e Democracia, por isso tenho recebido convites de várias instituições e governos para discutir o tema. Então, tratei disso na palestra, porque acredito que o Brasil tem um tratamento muito permissivo com as drogas lícitas, principalmente com o álcool.

Quando li a matéria da Folha me lembrei que você defendeu ontem a proibição da propaganda do álcool no I Encontro Estadual dos Blogueiros Progressistas de São Paulo.
Sim. Defendo a proibição da publicidade do álcool na TV porque ela o associa a valores nacionais e a ídolos do esporte, da música, da cultura. Em relação às drogas ilegais acho que a gente tem que ter uma estratégia mais efetiva para enfrentar os danos em relação ao seu consumo. Quais são os danos, a criação de um mercado capitalizado, violento e com capacidade de enfrentar o Estado e de corromper instituições públicas, que usa de armas e recruta homens e mulheres. Em relação à saúde, esse mercado oferece uma série de produtos que são adulterados na sua composição química, já que não há controle algum deles. E eles acabam prejudicando mais ainda a saúde.
Além disso, a lei de 2006 acabou sendo mais dura com aqueles que traficam e como essa diferença entre o que é droga para uso próprio e tráfico é tênue, as cadeias acabaram ficando cheias de gente que não têm de verdade nenhuma relação com o tráfico. E isso faz com que o aparelho repressivo tenha que ficar prendendo e julgando gente que usa drogas ao invés de se dedicar combater o crime, gente que rouba, assalta, estupra… Nós precisamos reduzir danos e minha opinião é que precisamos visitar e conhecer as experiências internacionais bem sucedidas. Creio que hoje temos a de Portugal, onde se descriminalizou, e a da Espanha, que resolveu o problema do acesso a essas substâncias esvaziando o poder econômico da atividade. No Brasil, precisamos ter uma comissão de alto nível pra discutir o tema, para ver como podemos ter resultados melhores, já que os nossos nesse setor são ruins. Em Portugal, eles conseguiram diminuir a violência com essa descriminalização. Na Espanha eles tiraram o consumidor do contato com o crime.
A minha proposta é debater uma estratégica de alternativa a guerra a drogas, associada à redução de danos, como na Europa. Redução de danos associada à violência, a saúde, a questões sociais. Essa é a minha posição. Considero que é um debate que deve ser feito com a sociedade brasileira.

O senhor acha que a matéria da Folha estereotipa a sua posição?
Ela estereotipa e não debate o tema de maneira correta. A gente precisa estudar experiências de outros países que estejam sendo bem-sucedidas e debater o tema. A questão da descriminalização precisa ser discutida. Porque quem precisa tratar do usuário não deve ser nem a polícia nem o tráfico.
E neste sentido de ampliar o debate as experiências internacionais uma das questões que precisa ser considerada é como deprimir economicamente o tráfico. E nesse sentido que se discute a questão do plantio cooperativado.
Quanto ao McDonald’s, a comparação foi num contexto onde é importante dizer que o Estado deve exigir a divulgação dos produtos que façam mal a saúde.

Na Folha de hoje, o Hélio Schwartsman escreve um artigo onde ele afirma que suas sugestões devem ser consideras, mas que você não foi muito inteligente ao fazê-las porque pode perder a condição de líder do PT.
Eu na condição de líder do PT não perdi o meu direito a opinião. Além disso, atribui um autoritarismo ao PT que não está presente na história do nosso partido. Tenho feito há muito tempo esse debate dentro do PT. E tenho certeza que a interdição dele não é bom para a sociedade. Nós precisamos debater o tema para buscar soluções melhores do que a que as atuais. É importante ressaltar que nessa questão não tenho divergências com a política adotada pelo governo da presidenta Dilma Roussef, que vem fazendo esforços para combater o crime organizado e aumentar a rede de proteção aos usuários. 

PT vai discutir legalização do plantio de maconha



 
 Os principais líderes do PT no Congresso Nacional disseram que o partido vai discutir a criação de cooperativas para o plantio de maconha, ideia defendida pelo líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que discorda de Paulo Teixeira, mas que as propostas do deputado serão debatidas pelo partido. "Tenho uma posição muito diferente, mas vamos discutir isso no PT. O deputado tem fundamentos para a discussão e como líder tem sido muito correto nos debates com o governo", disse ele.

Vaccarezza, no entanto, afirmou que não quer polemizar e que a posição de Teixeira é individual. No Senado, o líder do PT, Humberto Costa (PE), saiu em defesa de Paulo Teixeira.
"Sou favorável à ideia de debater. A legalização seria uma maneira de combater o tráfico, mas isso não tem unanimidade. São argumentos muito fortes, mas não tenho opinião. Em tese, a legalização pode ajudar a combater o tráfico, mas os desdobramentos precisam ser estudados", disse Costa, que foi ministro da Saúde no governo Lula. 

De acordo com o senador, o partido defende que o foco do combate à droga não deve ser no usuário. "Nunca discutimos o plantio, mas o PT defende que o problema não é o usuário, é o traficante. A opinião do Paulo Teixeira é individual e pode ser a melhor opinião, mas isso não foi discutido no PT. O debate sobre a legalização das drogas leves faz parte da discussão." 

Procurado, Paulo Teixeira não quis dar entrevista. Como a Folha mostrou, ele disse que irá sugerir ao Ministério da Justiça que o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas faça um projeto com as "mudanças óbvias".
Para o líder do PT na Câmara, a regulação do plantio da maconha é uma maneira de diminuir o poder do tráfico e os efeitos nocivos da droga. A legislação prevê prisão para quem plantar maconha para venda e penas socioeducativas quando para consumo próprio. 

No início do mês, o governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça de Lula, Tarso Genro, afirmou que "nunca viu alguém matar por ter fumado um cigarro de maconha". Tarso negou que tenha fumado maconha, mas brincou: "Dizem que é muito saboroso". 

Líder do PT defende plantio de maconha em cooperativas

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA



Na contramão do que prega o governo Dilma Rousseff, o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), defende a liberação do plantio de maconha e a criação de cooperativas formadas por usuários.
Num recente debate sobre o assunto, o deputado disse que a política de “cerco” às drogas é “perversa” e gera mais violência. Dilma assumiu o governo incluindo entre suas prioridades o combater “sem tréguas” ao crime organizado e às drogas.

http://www.youtube.com/watch?v=kqKUErTOWjg&feature=player_embedded

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Oficina Marcha da Maconha - 08.04

Oficina realizada no dia 08.04, na pracinha do CCHLA, com produção de stencils para a marcha da maconha! A atividade foi parte do II Ciclo de Debates Antiproibicionistas - Cultura, Política e Drogas. Além dos stencils, tiveram oficinas de filmagens e fotografias para produção de vídeos promocionais da marcha 2011.













terça-feira, 12 de abril de 2011

Sementes de maconha reivindicam seu lugar nas cozinhas australianas

As sementes de maconha, ingrediente de produtos comercializados em todo o mundo, reivindicam seu lugar nas cozinhas da Austrália como um alimento nutritivo. Nos Estados Unidos, no Canadá e em países da União Europeia, são produzidos alimentos à base da semente de cânhamo (que tem "cannabis sativa" como nome científico), como barras de cereais, farinha, óleos e queijos vegetarianos. Porém, na Austrália, este produto "é estigmatizado", declarou à Agência Efe Andrew Katelaris, o promotor da iniciativa para legalizar o uso na culinária.

A Austrália comercializa o cânhamo em forma de cosméticos, fibras e alimentos para animais, mas uma coisa é oferecê-lo a cães e gatos, outra é permitir que cidadãos possam incorporá-lo a sua dieta diária.

Seus defensores argumentam que o governo ignora as propriedades nutritivas do cânhamo, porque "teme" a propagação dos cultivos desta planta por todo o país e acrescentam que cerca seis milhões de pessoas, mais de 30% da população, consumiram maconha em algum momento de sua vida.

Katelaris, médico e pesquisador, apontou que as sementes, ao contrário das flores, folhas e talos, têm baixa concentração de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), a substância psicoactiva do cannabis. Além disso, contêm proteínas, gorduras poliinsaturadas, como o Ômega 3, vitaminas, como a E, e contribuem para "desenvolver o cérebro e prevenir a demência", revelou Katelaris.

Apesar da resistência que a iniciativa encontrou entre as autoridades do país, os australianos consomem cannabis desde que foi introduzido pelos britânicos, no século 19. A planta, que segundo algumas pesquisas aumenta o risco de esquizofrenia e depressão, é ilegal na Austrália, mas a posse em pequenas quantidades e o cultivo de um número limitado de pés para uso pessoal foram descriminalizados em alguns estados e territórios do país na década passada.

Bob Carr, governador de Nova Gales do Sul entre 1995 e 2005, defendeu no Parlamento regional um projeto para legalizar o consumo de maconha para fins terapêuticos, uma proposta apoiada por Katelaris, mas que não progrediu.

A agência de segurança alimentar da Austrália e Nova Zelândia (FSANZ, na sigla em inglês) avalia, desde o ano passado, a solicitação de Katelaris para legalizar o uso de sementes de cânhamo para consumo.

Por enquanto, o órgão regulador concluiu que os alimentos elaborados à base de sementes de maconha "não representam um risco para a saúde" e "podem ser uma alternativa dietética útil".

Atualmente, a FSANZ submete a iniciativa à consulta popular como passo prévio aos debates que serão realizados nos governos dos diferentes estados e territórios do país.

Um dos desafios é a implantação de um sistema de controle para verificar se as sementes têm baixos níveis de THC, assim como a emissão de licenças para o desenvolvimento desta indústria de alimentos, explicou a porta-voz da FSANZ, Lydia Buchtmann, que assinalou que a decisão deve ser anunciada até o final do ano.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI5029729-EI188,00-Sementes+de+maconha+reivindicam+seu+lugar+nas+cozinhas+australianas.html

Extracto tópico de cannabis pode ser nova arma contra o cancro da pele

Especialistas da empresa de biotecnologia Cannabis Science Inc., nos EUA, anunciaram que a aplicação tópica de um extracto de cannabis é eficaz no tratamento do carcinoma basocelular, avança o portal ISaúde.

Actualmente, há muitas controvérsias no que diz respeito aos efeitos que os canabinóides têm sobre o cancro. Endocanabinóide, fitocanabinóides e canabinóides sintéticos têm demonstrado propriedades anti-cancro e anti-metástase em cultura de tecidos e em modelos animais.

Até hoje nenhum ensaio clínico formal e aprovado, que poderia comprovar ou refutar o potencial terapêutico de extractos de cannabis para o tratamento de cancros, foi realizado. No entanto, um número significativo de observações casuais sugere que as pessoas que sofrem de uma variedade de cancros parecem ter sido curadas pelo uso de um produto conhecido como "Óleo de cânhamo Rick Simpson".

Os especialistas afirmam que existe uma ignorância generalizada sobre o uso de endocanabinóide por profissionais médicos e leigos.

O primeiro indício de que existia um sistema endocanabinóide resultou de um estudo publicado em 1988. Em função do preconceito de políticas sociais contra a cannabis medicinal, alimentada por décadas de desinformação, a Cannabis Science optou por um caminho que acreditam ter maior probabilidade de sucesso para ser aprovado.

FONTE: http://www.pop.eu.com/news/4560/26/Extracto-topico-de-cannabis-pode-ser-nova-arma-contra-o-cancro-da-pele.html

STJ mantém condenação menor flagrado com maconha

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou o pedido de Habeas Corpus a um menor flagrado com três gramas de maconha e não aplicou ao caso o princípio da insignificância. A decisão dos ministros foi unânime. 
Para a relatora, ministra Maria Thereza de Assis Moura, o princípio da insignificância não pode ser aceito porque o ato cometido pelo menor é equiparado por lei ao delito de uso de entorpecentes. Assim, “a pequena quantidade de droga apreendida é da própria natureza do crime”.
A relatora disse que a jurisprudência da corte é a de que para a configuração do crime de posse de entorpecente, a quantidade de substância apreendida deve ser pequena, senão caracteriza outros crimes previstos na Lei de Tóxicos.
O adolescente foi apreendido em flagrante e disse que constantemente usa drogas. No primeiro grau, ele foi condenado a medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade pelo período inicial de quatro meses, com carga horária de quatro horas semanais, podendo ser cumprida aos sábados. Ele também responde a outro processo no Juízo da Infância, em que lhe foi aplicada medida de liberdade assistida.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro entendeu que a aplicação da medida socioeducativa vai permitir o monitoramento do menor, que não vive com os pais, além do desenvolvimento de seu senso de responsabilidade e aproveitamento da sua força de trabalho para o bem.
No pedido de Habeas Corpus, o menor alegou que a quantidade de droga que foi apreendida não revela lesão jurídica expressiva. Como ele trabalha e ganha R$ 20,00 por dia, sua defesa pretendia, subsidiariamente, substituir a medida socioeducativa por advertência. A ministra considerou que ele precisa de ressociabilização. Com informações da Assessoria de Imprensa do superior Tribunal de Justiça.

FONTE: http://www.conjur.com.br/2011-abr-11/stj-nao-aplica-principio-bagatela-menor-flagrado-maconha

Medicamentos à base de maconha ganham sinal verde

A gigante farmacêutica Novartis assinou um acordo para vender um medicamente à base de maconha na Austrália, Ásia, Oriente Médio e África. A droga combina dois componentes ativos da cannabis que combatem movimentos musculares involuntários em pessoas com múltipla esclerose. As informações são site Live Science.
O Sativex já está à venda no Reino Unido e na Espanha e está sendo testado no alívio de dores causadas pelo câncer nos Estados Unidos. "Atrair uma empresa do calibre da Novartis nos dá a entender de que existe ciência séria apoiando esta área", disse ao site Live Science Justin Gover, diretor da GW Pharma, produtora do Sativex.
Porém o diretor rejeita a ideia de que o progresso do Sativex acrescenta respeitabilidade ao uso da maconha comum para tratar dores e outros. "A maconha medicinal é uma abordagem do passado", finaliza Gover ao site.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5072881-EI8147,00-Medicamentos+a+base+de+maconha+ganham+sinal+verde.html

domingo, 10 de abril de 2011

Vendas do livro Cannabis Medicinal - Introdução ao cultivo indoor



Como forma de arrecadar fundos para a marcha da maconha, estamos vendendo o livro Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor, do Sergio Vidal, no valor de R$ 29.90. Quem desejar comprá-lo, só enviar o pedido para coletivocannabisativa@hotmail.com. Quem morar fora de Natal a venda está sendo feito da mesma forma, e o frete para qualquer lugar é R$3.00. 
O livro foi escrito para atender uma lacuna existente na literatura brasileira a respeito da planta Cannabis sativa. Cannabis Medicinal – Introdução ao Cultivo Indoor é o primeiro livro em português a respeito do tema e é fruto de uma extensa pesquisa de revisão bibliogŕafica. Osmose, transpiração, respiração, pH, dióxido de carbono, condutividade elétrica, fotosíntese, clonagem, floração e lumens, são apenas alguns exemplos dos temas discutidos aqui. Esta obra trata sobre esses e diversos outros assuntos do interesse de pessoas que trabalhem em estabelecimentos autorizados legalmente a cultivar cannabis, ou de pesquisadores ou leigos no assunto, que pretendam ampliar seus conhecimentos sobre a planta.

Tarso Genro: 'Nunca vi ninguém matar por ter fumado maconha'

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, surpreendeu a plateia e deixou perplexos assessores no final da manhã desta quarta-feira em Porto Alegre. Ele fez algumas considerações sobre drogas durante uma aula magna que proferiu no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O tema da palestra era ‘Universidade e o futuro da República’.

Diante do auditório lotado, o ex-ministro da Justiça, ao responder a uma questão genérica sobre o assunto, defendeu que seja feita uma distinção nas questões referentes às drogas, de forma que se discuta cientificamente o que compromete a saúde e a sanidade mental. “Por exemplo, as pessoas terem tolerância com a cannabis sativa é diferente do que com a heroína. A maconha há especialistas que dizem que faz menos mal do que cigarro. Dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha.”

Foi o suficiente para que fosse interrompido por risos e aplausos. Tarso havia começado sua resposta avaliando que a legalização das drogas não ajuda a combater o que considerou “um quadro de transformação da droga em dinheiro, dinheiro em droga, droga em poder, poder em política e assim por diante”. E descreveu a situação como um elemento de crise civilizatória para o qual não sabe avaliar qual a melhor saída.

Animado com a empolgação da plateia, contudo, o governador aproveitou a oportunidade para falar sobre situações pessoais e lembrar momentos de sua trajetória. “Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha, não era porque não tivesse vontade, era porque as condições que a gente vivia e trabalhava na clandestinidade (era a época anterior ao golpe militar e, depois, a da ditadura) não era preciso adicionar mais nenhuma questão de insegurança. Dizem que é muito saboroso.”

O governador já havia deixado a plateia surpresa quando, na parte final de sua palestra, se emocionou e começou a chorar, soluçando, ao citar um fato ocorrido com o líder sul-africano Nelson Mandela: “Desculpem, sempre que eu falo no Mandela, faço fiasco.” Tanto o choro como as declarações sobre drogas aconteceram após Tarso ter feito uma palestra considerada por boa parte dos ouvintes como hermética, e na qual foram recorrentes citações e referências a intelectuais como Karl Marx, Immanuel Kant e Martin Heidegger.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5050353-EI7896,00%20Tarso+Genro+Nunca+vi+ninguem+matar+por+ter+fumado+maconha.html

domingo, 3 de abril de 2011

Grandes bancos dos EUA lavaram dinheiro do narcotráfico

Carta Maior - [David Brooks] Alguns dos principais bancos e financeiras estadunidenses, entre eles Wells Fargo, Bank of América, Citigroup, American Express e Western Union lucraram durante anos com a lavagem de dinheiro oriundo do narcotráfico e só pagam multas mínimas, sem que nenhum executivo seja encarcerado quando as autoridades conseguem detectar o negócio ilícito.

Em múltiplos casos fiscalizados durante os últimos anos, estes bancos estadunidenses confessaram não ter cumprido as leis e regulamentos federais para controlar a lavagem de dinheiro, ao participarem das transferências de bilhões de dólares em fundos ilícitos provenientes do narcotráfico mexicano.
Esse é o caso do Wachovia Corp, antes o sexto banco do país, comprado pelo Wells Fargo em 2008 e agora o banco com mais sucursais nos Estados Unidos. O Wells Fargo admitiu perante um tribunal que o Wachovia não vigiou nem informou sobre as atividades suspeitas de lavagem de dinheiro por narcotraficantes, incluindo quantias para a compra de pelo menos quatro aviões nos Estados Unidos, que transportaram um total de 22 toneladas de cocaína. O outro banco envolvido na transferência de fundos com os quais se comprou um desses aviões – um DC-9 que em seguida foi confiscado no México com toneladas de cocaína – foi o Bank of America, reportou o Bloomberg News.

Tudo isso foi revelado num acordo judicial do banco com procuradores federais, em março de 2010. Nos documentos judiciais do caso lidos pelo La Jornada, Wachovia admitiu que não fez o suficiente para detectar fundos ilícitos sob sua administração, na casa de mais de 378,4 bilhões de dólares, em seus negócios com casas de câmbio mexicanas, entre maio de 2004 e maio de 2007.

Desse total, Wachovia processou ao menos 373,6 bilhões em transferências eletrônicas, mais 4,7 bilhões em traslados de dinheiro em espécie e outros 47 bilhões em depósitos de cheques internacionais. Nem todos esses fundos estão vinculados ao narcotráfico, mas segundo as investigações do Departamento de Justiça bilhões não foram sujeitos à fiscalização exigida pela lei, e centenas de bilhões de dólares desses fundos estavam diretamente ligados ao narcotráfico.

Wachovia, violação recorde

Pelo volume total de fundos que não estiveram sujeitos à fiscalização antilavagem de dinheiro, o caso do Wachovia se tornou a maior violação da Lei de Sigilo Bancário na história. Essa lei obriga os bancos a reportarem às autoridades toda transferência de fundos em espécie em valores acima de 10 mil dólares, assim como a informar sobre atividade suspeita de lavagem de dinheiro.

O procurador federal no caso, Jeffrey Sloman, declarou em março, ao anunciar o acordo com Wells Fargo: "A desatenção flagrante de nossas leis bancárias por Wachovia permitiu uma virtual carta branca aos cartéis internacionais de cocaína para financiar suas operações, ao lavarem ao menos 110 milhões de dólares em lucros com a droga".

Não é que ninguém tenha notado. O próprio banco admitiu perante o Tribunal que já desde 2004 o Wachovia reconheceu o risco. Mas apesar das advertências permaneceu no negócio, segundo os documentos lidos por La Jornada.

Esse negócio era a administração e traslado de fundos de pelo menos 22 casas de câmbio no México que tinham contas no Wachovia. Um exemplo citado nos documentos é o da Casa de Câmbio Puebla S/A, cujos gerentes criaram empresas fictícias para os cartéis e, segundo o Departamento de Justiça, conseguiram lavar uns 720 milhões de dólares, por meio de bancos estadunidenses.

De fato, foi o caso da Casa de Câmbio Puebla que detonou esta investigação das autoridades federais. Desde 2005 algunas transferências de fundos do Wachovia já estavam sob investigação, em suas sucursais em Miami, a partir do México, por meio de casas de câmbio, e estes fundos eram utilizados para comprar aviões destinados ao narcotráfico, informam os documentos judiciais do caso.

Por outro lado, durante esse período o diretor da unidade antilavagem de dinheiro de Wachovia em Londres, Martin Woods, suspeitava que narcotraficantes utilizavam o banco para mover quantias. Ele informou a seus chefes, que lhe ordenaram a deixar o assunto de lado, e por isso renunciou ao seu postos reportou a Bloomberg. Woods disse a essa agência que "é a lavagem de dinheiro dos cartéis pelos bancos que financia a tragédia...Se não se vê a correlação entre a lavagem de dinheiro pelos bancos e as 22 mil pessoas assassinadas no México não se entende o que está em jogo".

Depois de ser acusado de violar a lei, Wells Fargo, agora dono do Wachovia, comprometeu-se num tribunal federal de Miami a reformar seus sistemas de vigilância. Pagou 160 milhões de dólares em multa e, caso cumpra suas promessas feitas às autoridades federais, estas deixarão os encargos contra o banco em março de 2011.

Esta prática é comum nestes casos e se chama acordo de fiscalização diferida. Por meio dele um banco paga uma multa, coopera com a investigação e se compromete a não violar a lei, mais.
Nenhum empregado recusou a propina  Em 20 escritórios diferentes do Western Union, nenhum empregado jamais recusou a propina para permitirem envios de quantias atribuídas a laranjas.
Calcula-se que quase 30 bilhões de dólares em dinheiro vivo se mova de um lado a outro da fronteira mexicana com os Estados Unidos. E uma parte desses recursos é depositada em bancos de ambos os países e em bancos internacionais, a partir dos quais os fundos podem ser trasladados por todo o sistema financeiro internacional.

FONTE: http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=14083:grandes-bancos-dos-eua-lavaram-dinheiro-do-narcotrafico&catid=89:laboraleconomia&Itemid=99&sms_ss=twitter&at_xt=4d98d088ac1b6aed,0
Tradução: Katarina Peixoto

HEMP BIRTHDAY! 2 anos Sementes de Maconha e Doações para a Marcha da Maconha






O post de hoje vai em comemoração de 2 anos da loja Semente de Maconha, um smartshop parceiro do Coletivo Cannabis Ativa! Esperamos que os próximos anos sejam menos criminalizadores, e que a legalização da maconha venha muito em breve! HEMP BIRTHDAY!!!

Em maio, mês da Marcha da Maconha, no Brasil, a loja Semente de Maconha nos enviou um bong e um triturador para ser rifado para levantar fundos para os panfletos de todas as 16 cidades que irão realizar a marcha.

Levando em consideração que é impossível fazer a marcha sem dinheiro, estamos divulgando a necessidade de arrecadação. Qualquer valor é bem vindo, 1000 pessoas doando 10 reais já resolveria nosso problema.
Se você apóia a causa, está na hora de coçar o bolso. Ajudem twitando: “Colabore com a Marcha da Maconha 2011 – Doe qualquer quantidade – http://migre.me/4a9ad

A grana recolhida aqui será usada para pagar 200 mil panfletos para as 16 cidades inscritas (até agora).
Banco do Brasil
Agência 2975-0
Conta 22709-9
Renato Athayde Silva